Sexta-feira 13: História, mito e medo — de onde vem essa superstição?

A sexta-feira 13 é cercada de mistério. Associada ao azar, infortúnio e acontecimentos inexplicáveis, essa data é temida por muitos, evitada por outros e comemorada por quem desafia superstições. Mas afinal, por que a sexta-feira 13 se tornou um símbolo global de má sorte? Nesta matéria, vamos mergulhar nas origens históricas, religiosas e culturais dessa crença, revelando como mitos, eventos reais e produções da cultura pop construíram uma das datas mais supersticiosas do mundo ocidental. 📅 A simbologia do número 13 Em várias culturas antigas, o número 12 é visto como símbolo de ordem e perfeição: 12 signos do zodíaco, 12 meses do ano, 12 horas do dia e da noite, 12 apóstolos de Cristo. O número 13 surge como quebra desse equilíbrio , um elemento extra que desorganiza a “completude” do 12. Na numerologia ocidental, ele passou a ser considerado um número desafortunado, rebelde ou fora do padrão . Acredita-se que essa visão tenha sido reforçada por mitos e lendas a...

💘 Amores Históricos: Casais que Desafiaram o Tempo e o Poder

Quando pensamos em grandes acontecimentos históricos, é comum focarmos em guerras, tratados, descobertas e revoluções. Mas a história também é feita de relações humanas profundas, de paixões que atravessaram barreiras sociais, políticas e culturais. Alguns desses amores históricos desafiaram convenções, escandalizaram épocas e influenciaram o curso dos acontecimentos — e continuam vivos na memória coletiva.

Hoje, vamos conhecer casais do Brasil e do mundo cujas histórias de amor enfrentaram o tempo, o poder e os limites impostos pela sociedade. Em tempos de celebração do amor, vale lembrar que amar também pode ser um ato revolucionário.

💍 1. Anita e Giuseppe Garibaldi (Brasil/Itália)

Ela era catarinense, ele italiano. Se conheceram em 1839, em Laguna, durante as revoluções sulistas. Anita aprendeu a cavalgar e lutar ao lado de Garibaldi nas guerras do Sul e, depois, o acompanhou na luta pela unificação da Itália. Morreu jovem, mas virou símbolo de coragem e lealdade.

 🔥 Um amor entre revoluções, pólvora e ideais libertários.


👑 2. Dom Pedro I e Domitila de Castro (Brasil)

Enquanto casado com Leopoldina, o imperador viveu uma paixão escandalosa com Domitila, futura Marquesa de Santos. Apesar do impacto político negativo, o caso durou anos e gerou várias cartas e filhos.

Dom Pedro foi criticado pela elite, mas manteve o romance enquanto pôde.

💔 Paixão imperial que desafiou a moral da corte e virou novela histórica.


⚔️ 3. Cleópatra e Júlio César / Marco Antônio (Egito/Roma)

Cleópatra, rainha do Egito, teve relacionamentos estratégicos e passionais com dois dos maiores líderes romanos. Usou sua inteligência, beleza e influência para proteger seu trono e seu povo. Com Marco Antônio, o amor terminou em tragédia — ambos morreram juntos, desafiando Roma.

> 🐍 Um amor entre impérios, intrigas e destino trágico.


💬 4. Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre (França)

Filósofos existencialistas, viveram um relacionamento aberto, baseado em liberdade, cumplicidade intelectual e amor fora dos padrões. Escreveram cartas por décadas e influenciaram gerações com suas ideias feministas, éticas e existenciais.

> 📚 Um casal que redefiniu o amor e a liberdade no século XX.


👣 5. Frida Kahlo e Diego Rivera (México)

Dois dos maiores artistas latino-americanos do século XX. Entre traições, separações, reconciliações e dor física (no caso de Frida), mantiveram uma relação intensa e turbulenta, marcada por arte, política e paixão.

> 🎨 Amor visceral, criativo e indomável.


⚖️ 6. Nelson Mandela e Winnie Mandela (África do Sul)

Durante os 27 anos em que Mandela ficou preso, Winnie se tornou símbolo da resistência contra o apartheid. Embora tenham se separado após sua libertação, sua história de amor foi marcada por lealdade política e pessoal diante da repressão e da injustiça.

> ✊ Amor que resistiu à cela, à distância e ao peso da história.


 🕊️ 7. Abelardo e Heloísa (França medieval)

Ele, filósofo e teólogo. Ela, uma das mulheres mais cultas de seu tempo. Tiveram um romance proibido no século XII, que escandalizou a Igreja e terminou em tragédia. Suas cartas trocadas se tornaram símbolo do amor espiritual e intelectual.

> 📜 Paixão, tragédia e eternidade em forma de palavras.


🌹 8. Che Guevara e Aleida March (Cuba)

Conheceram-se durante a Revolução Cubana. Aleida foi enfermeira, guerrilheira e companheira de Che até sua morte na Bolívia. Após a morte dele, continuou seu legado, cuidando de sua memória e da educação revolucionária em Cuba.

> 🔥 Amor de trincheira, ideologia e legado.


💭 Conclusão: o amor também faz história

Esses casais mostram que amar também pode ser um ato político, filosófico ou subversivo. Em tempos onde relações parecem cada vez mais descartáveis, lembrar de histórias de amor que enfrentaram o poder, o preconceito ou o exílio é também resgatar o lado humano da História.

A história do amor é cheia de contradições — paixões proibidas, alianças estratégicas, encontros intelectuais e até tragédias. Mas todas elas nos mostram que amar, em qualquer tempo, exige coragem, entrega e, muitas vezes, resistência.


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📚 Referências bibliográficas:

BEAUVOIR, Simone de. Cartas a Sartre. São Paulo: Nova Fronteira, 2007.

GAY, Peter. O século de Sartre. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

FRIDA KAHLO. Cartas apaixonadas: Frida Kahlo para Diego Rivera. São Paulo: José Olympio, 2010.

MANDELA, Nelson. Longa caminhada até a liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LE GOFF, Jacques. O nascimento do Purgatório. Lisboa: Estampa, 1984.

CHASTEL, André. Arte e Humanismo: Frida e Diego. México: Fondo de Cultura Económica, 1999.

REZZUTTI, Paulo. Domitila: A verdadeira história da Marquesa de Santos. São Paulo: Leya, 2013.

GARIBALDI, Giuseppe. Memórias. Roma: Newton Compton, 2005.

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