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19 junho, 2023
O Período Entreguerras: Um Olhar sobre os Principais Acontecimentos no Brasil e no Mundo
Bem-vindos, caros leitores, a mais uma viagem no tempo por meio da história! Hoje, adentraremos o fascinante período entreguerras, situado entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Esse momento singular na história da humanidade foi marcado por profundas transformações políticas, sociais e econômicas em todo o mundo. No Brasil, não foi diferente. Neste artigo, exploraremos os principais eventos desse período turbulento e como eles moldaram o contexto global e nacional. Vamos embarcar nessa jornada?
O Período Entreguerras no Mundo
Após a devastação da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o mundo ansiava por paz e estabilidade. Contudo, as consequências desse conflito estenderam-se além das batalhas, deixando uma Europa arrasada e desiludida. As potências vitoriosas impuseram duras sanções ao derrotado Império Alemão, contribuindo para o surgimento de um clima de revanchismo e ressentimento.
Enquanto isso, surgiam novas ideologias e movimentos políticos que ganhavam força, como o fascismo na Itália, liderado por Benito Mussolini, e o nazismo na Alemanha, liderado por Adolf Hitler. A crise econômica de 1929, conhecida como a Grande Depressão, agravou ainda mais as tensões globais, desencadeando um colapso financeiro e desemprego em massa.
Em meio a esse contexto, ocorreram eventos marcantes, como a Revolução Russa de 1917, que estabeleceu o primeiro Estado socialista do mundo, a ascensão do comunismo na China e a consolidação do poder de Josef Stalin na União Soviética. Além disso, a Liga das Nações foi criada como uma tentativa de preservar a paz e evitar conflitos futuros. Entretanto, a incapacidade de solucionar os desafios enfrentados levou à sua eventual falência.
O Período Entreguerras no Brasil
No Brasil, o período entreguerras também foi marcado por transformações significativas. O país vivenciou um processo de industrialização acelerada, impulsionado pela exportação de produtos agrícolas e pela influência das ideias do desenvolvimentismo. Getúlio Vargas, um dos principais líderes políticos da época, assumiu a presidência em 1930 e estabeleceu um governo autoritário, conhecido como Era Vargas.
Durante o governo de Vargas, ocorreram importantes eventos, como a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado que buscava a elaboração de uma nova Constituição e a autonomia dos estados. Outro marco relevante foi a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, que estabeleceu direitos trabalhistas e regulamentou as relações laborais.
No âmbito das relações internacionais, o Brasil também teve seu papel. O país participou da Liga das Nações e, posteriormente, da criação da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1945. O Brasil se posicionou como uma nação em busca de maior participação no cenário internacional, engajando-se em debates e negociações para promover a paz e a cooperação entre as nações.
Conclusão
O período entreguerras foi um capítulo fundamental da história mundial, moldado por conflitos, transformações sociais e avanços tecnológicos. Tanto no Brasil quanto no mundo, as cicatrizes deixadas pela Primeira Guerra Mundial e a turbulência política e econômica que se seguiu criaram as condições para o surgimento de regimes totalitários e uma nova ordem mundial.
No entanto, o período também semeou as sementes para futuras mudanças e progressos. A busca por uma paz duradoura levou à criação de organizações internacionais, como a Liga das Nações e a ONU, que buscavam a cooperação entre os países e a resolução pacífica de conflitos.
No Brasil, a Era Vargas e o avanço da industrialização marcam uma importante transição econômica e social, refletindo-se nas leis trabalhistas e no fortalecimento do país como ator internacional.
Ao compreender e refletir sobre o período entreguerras, somos lembrados da importância de aprender com os erros do passado e trabalhar juntos para construir um futuro de paz, justiça e progresso. A história nos ensina que mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre a esperança de um novo amanhecer.
Fontes:
HOBBSBAWM, Eric. A era dos extremos: O breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MARWICK, Arthur. The nature of history. 3rd ed. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2001.
SKIDELSKY, Robert. Keynes: O retorno do mestre. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011.
CARONE, Edgar. A república velha. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1975.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: EDUSP, 2006.
SODRÉ, Nelson Werneck. História militar do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
FRANCO, Francisco de Assis. História geral da civilização brasileira. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 22, n. 43, p. 191-215, 2002.
17 junho, 2023
Europa e EUA na década de 1920: Uma Era de Mudanças e Contrastes
Nova Iorque no início do séc. 20 |
A década de 1920 foi uma época de grande transformação tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Após os terríveis eventos da Primeira Guerra Mundial, as sociedades estavam ansiosas por mudanças e buscavam uma nova visão de mundo. Neste artigo, vamos explorar as principais características dessa década fascinante e contrastante em ambos os continentes.
Os "Loucos Anos 20" nos Estados Unidos
A cultura popular também passou por uma revolução. O jazz emergiu como um estilo musical vibrante, trazendo uma nova forma de expressão artística. As pessoas desfrutavam de danças animadas, como o charleston, nos salões de baile. O cinema também ganhou destaque, com o surgimento das primeiras estrelas de Hollywood.
Josephine Baker dançando o charleston em 1926. |
A Belle Époque e os Anos de Entreguerras na Europa
Enquanto os Estados Unidos viviam uma era de prosperidade, a Europa enfrentava desafios após a devastação da Primeira Guerra Mundial. No entanto, também houve momentos de esperança e renovação durante a década de 1920.
A Belle Époque, termo que significa "bela época" em francês, foi um período de relativa estabilidade e prosperidade nas décadas anteriores à guerra. Apesar da guerra, a Europa viu o surgimento de movimentos artísticos como o cubismo, o dadaísmo e o surrealismo, que buscavam romper com as convenções tradicionais e explorar novas formas de expressão.
No entanto, a reconstrução pós-guerra foi difícil. Muitos países europeus enfrentaram instabilidade política, inflação e dificuldades econômicas. A Alemanha, em particular, foi afetada pelo Tratado de Versalhes e pela crise econômica, o que levou à ascensão do nacional-socialismo.
Contrastes sociais e mudanças de valores
Tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a década de 1920 foi marcada por mudanças sociais significativas. Nos EUA, as mulheres conquistaram o direito ao voto com a aprovação da 19ª Emenda à Constituição em 1920, o que representou uma vitória importante para o movimento sufragista.
Na Europa, as mulheres também buscavam igualdade de direitos, mas os avanços eram mais lentos. No entanto, algumas mulheres europeias começaram a desafiar as normas de gênero, adotando cortes de cabelo curtos e roupas mais ousadas.
Norma Talmadge - foi uma das estrelas de cinema mais elegantes e glamourosas dos loucos anos vinte que adotou o corte de cabelo curto. |
Além disso, a década de 1920 testemunhou uma mudança nos valores sociais. Os jovens buscavam liberdade e diversão, desafiando as restrições tradicionais.
No entanto, essas mudanças também revelaram contrastes sociais e desigualdades. Enquanto alguns desfrutavam dos benefícios da prosperidade econômica, outros enfrentavam dificuldades e desigualdades sociais. A década de 1920 testemunhou uma lacuna cada vez maior entre ricos e pobres, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.
Esses contrastes sociais e mudanças de valores revelam a complexidade desse período histórico. Enquanto algumas pessoas abraçavam a modernidade e buscavam um estilo de vida mais livre, outras resistiam às mudanças e se apegavam a tradições e valores conservadores.
Conclusão
Em última análise, a década de 1920 foi uma era de transformações sociais profundas, onde as sociedades europeias e americanas buscavam se reinventar após a devastação da Primeira Guerra Mundial. As mudanças de valores, os avanços nas lutas pelos direitos das mulheres e os contrastes sociais são elementos essenciais para compreendermos o espírito de uma época que deixou um legado duradouro e influenciou o rumo da história nos anos subsequentes.
Lindop, Edmund. "A América na década de 1920." Oxford University Press, 2010.
Renshaw, Patrick. "Uma Guerra para Recordar: A Revolução Social dos Anos 1920 na América." Createspace Independent Publishing Platform, 2017.
Hewitson, Mark. "A Era da Revolução na Europa: 1848-1951." Yale University Press, 2002.
Fitzgerald, F. Scott. "O Grande Gatsby." Scribner, 2004.
Allen, Ann Taylor. "Mulheres e Gênero na Europa do Século XX." Palgrave Macmillan, 2008.
30 janeiro, 2023
O Nazismo na Alemanha: Uma Visão Histórica para o Ensino Fundamental
Hitler na declaração de guerra contra os Estados Unidos no Reichstag, em 11 de dezembro de 1941. |
O período do nazismo na Alemanha é um tema importante e delicado quando se estuda a história do século XX. Compreender os eventos que ocorreram durante esse período é essencial para que possamos aprender com os erros do passado e construir um futuro melhor. Neste artigo, abordaremos o nazismo na Alemanha de forma adequada para o público do ensino fundamental, oferecendo uma visão histórica que promova o conhecimento e a conscientização sobre esse período sombrio.
(As # indicam sugestões para professores e/ou apresentações escolares realizadas por alunos)
O que foi o nazismo
O nazismo foi um movimento político liderado por Adolf Hitler que surgiu na Alemanha durante a década de 1920. O partido nazista tinha uma ideologia baseada no nacionalismo extremo, no antissemitismo e na crença na superioridade da raça ariana. Hitler chegou ao poder em 1933 e implementou uma ditadura totalitária, estabelecendo o Terceiro Reich.
Ascensão do nazismo
Após a devastação da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentava desafios econômicos, políticos e sociais significativos. A população estava descontente com o Tratado de Versalhes, que impôs pesadas reparações e restrições ao país. Nesse cenário de instabilidade, o partido nazista encontrou terreno fértil para o seu crescimento. Adolf Hitler utilizou habilmente a propaganda e estratégias de manipulação para conquistar o apoio popular. Explorando o sentimento de frustração e humilhação do povo alemão, ele culpou os judeus por todos os problemas do país, retratando-os como bodes expiatórios. Essa retórica antissemita encontrou ressonância entre uma parte da população, que buscava um líder forte para restaurar a grandeza da nação e promover uma suposta pureza racial.
#Explique como a Alemanha, após a Primeira Guerra Mundial, estava enfrentando desafios econômicos, políticos e sociais. Isso criou um ambiente favorável para o crescimento do partido nazista. Fale sobre a propaganda e as estratégias de Hitler para conquistar o apoio popular, incluindo a perseguição aos judeus como bodes expiatórios para os problemas do país.
Políticas e eventos importantes
Durante o período do nazismo na Alemanha, várias políticas e eventos importantes deixaram marcas indeléveis na história. A implementação das infames Leis de Nuremberg, em 1935, foi um marco crucial, pois discriminava os judeus, privando-os de seus direitos básicos e excluindo-os da sociedade alemã. Além disso, a Noite dos Cristais, ocorrida em novembro de 1938, resultou em ataques generalizados contra a comunidade judaica, com a destruição de sinagogas, lojas e prisões em massa. Esses eventos trágicos evidenciaram a intensificação da perseguição aos judeus e a violência impulsionada pelo regime nazista. A censura rigorosa e a propaganda incessante foram utilizadas como ferramentas para controlar a narrativa e influenciar a população, garantindo a disseminação da ideologia nazista e a manutenção do poder do partido. Essas políticas e eventos demonstram a gravidade das violações dos direitos humanos e o impacto devastador do nazismo na sociedade alemã e além.
#Destaque algumas das políticas e eventos mais significativos durante o período nazista, como a implementação das Leis de Nuremberg, que discriminavam os judeus, e a Noite dos Cristais, um ataque generalizado contra a comunidade judaica. Aborde também a censura, a perseguição a grupos considerados "indesejáveis" e a propaganda nazista que influenciava a população.
As políticas expansionistas de Adolf Hitler desempenharam um papel crucial na eclosão da Segunda Guerra Mundial. O objetivo principal de Hitler era expandir o domínio territorial alemão e estabelecer uma supremacia global. A Alemanha nazista invadiu uma série de países, desencadeando uma onda de agressões e anexações. Destacam-se a ocupação da Áustria, a anexação da região dos Sudetos na Tchecoslováquia e a invasão da Polônia em 1939, que marcou o início do conflito. A guerra afetou profundamente a vida das pessoas, resultando em devastação, morte e deslocamento em massa. As atrocidades cometidas pelos nazistas, como os campos de concentração e extermínio, aterrorizaram o mundo e deixaram um legado sombrio. Durante o conflito, a Alemanha nazista estabeleceu uma aliança com a Itália fascista de Benito Mussolini e o Japão imperialista, formando o chamado Eixo. Essa aliança tinha como objetivo compartilhar recursos e apoiar-se mutuamente em suas ambições expansionistas, ampliando ainda mais a escala e a complexidade da guerra. A Segunda Guerra Mundial teve um impacto devastador em escala global, causando enormes perdas humanas e alterando o curso da história de maneira irreversível.
#Explique como as políticas expansionistas de Hitler levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Destaque os países invadidos pela Alemanha nazista e como a guerra afetou a vida das pessoas. Fale sobre a aliança com a Itália fascista e o Japão imperialista, formando o Eixo.
O Holocausto
O Holocausto é um capítulo sombrio da história que não pode ser ignorado. Durante o período do nazismo, os judeus foram alvo de uma perseguição implacável, resultando na morte de milhões de vidas inocentes. Além dos judeus, outras vítimas, como ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais e dissidentes políticos, também sofreram nas mãos dos nazistas. Os campos de concentração e extermínio, como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, testemunharam atrocidades indescritíveis, onde milhões foram sistematicamente assassinados. É fundamental abordar essa tragédia com sensibilidade e respeito, destacando a importância de nunca esquecer as vítimas e suas histórias. Ao promover a tolerância e o respeito às diferenças, podemos construir um mundo onde atrocidades como o Holocausto jamais se repitam. É nosso dever honrar a memória das vítimas, preservar a verdade histórica e trabalhar para criar uma sociedade mais justa, inclusiva e compassiva.
#Embora delicado, é importante abordar o Holocausto. Explique de forma sensível como os nazistas perseguiram e assassinaram milhões de judeus, além de outras vítimas, em campos de concentração e extermínio. Reforce a importância de nunca esquecer essa tragédia e promova a tolerância e o respeito às diferenças.
Fim do nazismo e suas consequências
O jornal das forças armadas americanas, o Stars and Stripes, em 2 de maio de 1945, anunciando a morte de Hitler. |
O declínio do nazismo e a derrota da Alemanha nazista pelas forças aliadas marcaram o fim de um dos períodos mais sombrios da história. Após a Segunda Guerra Mundial, os líderes nazistas foram julgados nos famosos Julgamentos de Nuremberg, onde foram responsabilizados por seus crimes contra a humanidade. Esses julgamentos representaram um marco importante no estabelecimento da responsabilidade individual por atrocidades em larga escala. O mundo aprendeu com os horrores do nazismo, reconhecendo a necessidade de proteger os direitos humanos e promover a justiça. A Alemanha, por sua vez, empreendeu esforços significativos para se reconciliar com seu passado sombrio. Adotou políticas de denazificação, promoveu a educação sobre o Holocausto e estabeleceu monumentos e museus em memória das vítimas. Esse processo de enfrentamento e reflexão tem sido fundamental para garantir que as gerações futuras compreendam os perigos do extremismo e trabalhem em direção a um mundo mais justo e pacífico. A experiência do nazismo e suas consequências trágicas reforçam a importância de nunca esquecer e estar sempre vigilantes contra a intolerância e o ódio.
#Fale sobre o declínio do nazismo e a derrota da Alemanha nazista pelas forças aliadas. Destaque os Julgamentos de Nuremberg, em que líderes nazistas foram responsabilizados por seus crimes. Explique como o mundo aprendeu com os horrores do nazismo e como a Alemanha se esforçou para se reconciliar com seu passado sombrio.
Conclusão
O nazismo na Alemanha foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade. Ao estudar e compreender esse período, podemos aprender lições valiosas sobre os perigos do extremismo, do ódio e da intolerância. É essencial que os estudantes tenham acesso a uma visão histórica adequada sobre o nazismo, para que possam desenvolver uma consciência crítica e promover valores de respeito, diversidade e igualdade.
Confira a explicação no episódio do podcast/vídeo do AH! Agentes da História sobre O Nazismo na Alemanha.
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Prezados professores,
Ao abordar o nazismo no contexto do ensino fundamental, é importante adaptar o conteúdo de maneira sensível e ajustada para a faixa etária dos alunos, mantendo o equilíbrio entre a transmissão dos fatos históricos e cuidado para não traumatizar ou assustar as crianças. O objetivo principal é fornecer uma compreensão básica do que aconteceu durante esse período sombrio da história, enfatizando a importância de defender a paz, a tolerância e o respeito mútuo.
Ao aprender sobre o nazismo, as crianças podem desenvolver habilidades críticas de análise, empatia e compreensão das consequências de ideologias extremistas. Dessa forma, elas estarão melhor preparadas para construir um futuro mais justo e inclusivo, onde a diversidade e o respeito às diferenças sejam valorizados.
Portanto, é crucial que o ensino fundamental aborde o nazismo na Alemanha de forma adequada, equilibrando a complexidade do assunto com a sensibilidade necessária para transmitir conhecimento histórico e incentivar valores de paz, tolerância e respeito aos direitos humanos. Somente assim estaremos confiantes para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de um mundo melhor.
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Shirer, William L. A Ascensão e Queda do Terceiro Reich. Nova York: Simon & Schuster, 1990.
Kershaw, Ian. Hitler: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Rees, Laurence. O Holocausto: Uma Nova História. São Paulo: Editora Record, 2019.
Fest, Joaquim C. Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Evans, Richard J. O Terceiro Reich no Poder. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.
Browning, Christopher R. Homens Comuns: Batalhão de Polícia de Reserva 101 e a Solução Final na Polônia. Nova York: Harper Perennial, 1998.
Tusa, Anne e Tusa, John. Os Julgamentos de Nuremberg. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Weitz, Eric D. A Alemanha de Weimar: A República de Todos os Dias. São Paulo: Editora Unesp, 2019.
Mazower, Marcos. O Império de Hitler: Como os nazistas governaram a Europa. Londres: Penguin Books, 2009.
HETT, Benjamin Carter. O Nazismo: A Ascensão do Mal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.
28 outubro, 2022
A ascensão do fascismo na Itália: uma lição histórica
Benito Mussolini dando um discurso em Milão em 1930. Fonte: Bundesarchiv. |
Olá, queridos leitores! Hoje vamos explorar um capítulo importante da história italiana: a ascensão do fascismo na Itália. Esse movimento político teve um impacto significativo não apenas na Itália, mas também no mundo todo. Vamos dar uma olhada mais de perto nessa história e entender como o fascismo se estabeleceu no país.
O contexto pós-Primeira Guerra Mundial
Após a Primeira Guerra Mundial, a Itália enfrentou uma série de desafios. Muitos italianos estavam descontentes com a forma como o país foi tratado após o conflito, sentindo que suas demandas não foram atendidas. Além disso, a economia italiana estava em crise, com altos índices de desemprego e inflação. Esses problemas criaram um ambiente propício para o surgimento de movimentos políticos radicais, como o fascismo.
O líder: Benito Mussolini
O principal líder do movimento fascista na Itália foi Benito Mussolini. Ele fundou o Partido Nacional Fascista em 1921 e rapidamente ganhou popularidade, prometendo restaurar a glória da Itália e combater a crise econômica. Mussolini era um orador carismático e usava técnicas de propaganda para conquistar seguidores. Com o passar do tempo, ele consolidou seu poder e se tornou o ditador da Itália.
Características do fascismo
O fascismo é um movimento político autoritário que valoriza o nacionalismo extremo, a supressão de oposição política e a exaltação do líder. Na Itália, o fascismo promovia a ideia de que o Estado estava acima dos interesses individuais, e os cidadãos deveriam se submeter ao Estado. O regime fascista também controlava a mídia e a educação para disseminar sua ideologia.
Impacto na sociedade italiana
Sob o regime fascista, a Itália passou por grandes mudanças. O Estado aumentou sua influência sobre a economia, implementando políticas de planejamento centralizado. O governo também reprimiu a oposição política, controlando a imprensa e perseguindo dissidentes. Além disso, os direitos civis foram restringidos, e a discriminação contra minorias foi incentivada.
A queda do fascismo
A Itália fascista durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando Mussolini foi deposto e o regime chegou ao seu fim. O fascismo foi desacreditado pelos horrores da guerra e pelas atrocidades cometidas pelo regime. Após a guerra, a Itália passou por um processo de reconstrução e adotou uma nova constituição democrática.
Conclusão
A ascensão do fascismo na Itália é um episódio sombrio da história, mas é importante estudá-lo para entendermos como movimentos extremistas podem surgir e se fortalecer em tempos de crise. A Itália aprendeu com essa experiência dolorosa e hoje é uma democracia vibrante. É fundamental lembrar dessa história e valorizar os princípios democráticos para que tais eventos não se repitam.
Confira a explicação no episódio do podcast/vídeo do AH! Agentes da História sobre O Fascismo na Itália
Fonte:
Paxton, RO (2004). A Anatomia do Fascismo. Alfred A. Knopf.
De Grand, AJ (2000). Itália fascista e Alemanha nazista: o estilo de governo 'fascista'. Routledge.
Kallis, AA (2003). Ideologia fascista: território e expansionismo na Itália e na Alemanha, 1922-1945. Routledge.
Lyttelton, A. (2002). A tomada do poder: o fascismo na Itália, 1919-1929. Routledge.
28 fevereiro, 2022
Revolução Francesa
A Revolução Francesa, pelo seu simbolismo e sua importância histórica, foi o acontecimento que marcou a transição do mundo moderno para o contemporâneo.
Vejamos as razões do status histórico atribuído a esse movimento:
Além de se constituir numa das três maiores nações do mundo no século XVIII, em população, poderio econômico e militar, a França representava o que havia de mais emblemático e estrutural da Modernidade: o Antigo Regime.
Com uma intervenção sistemática e rigorosa do Estado na economia, o mercantilismo, a despeito de ter propiciado uma riqueza exorbitante à França, tornou-se enorme entrave ao potencial econômico burguês. Por outro lado, os gastos da monarquia, sustentados pelo povo por meio de pesados impostos desde os tempos de Luis XIV, o “Rei-Sol” (1638-1715), tornaram-se insuportáveis.
Constituída por uma população entre 25 e 30 milhões de pessoas, e dividida ainda em estamentos medievais, a sociedade francesa era uma das mais desiguais da Europa.
O Terceiro-Estado carregando o Primeiro e o Segundo Estados nas costas |
O clero (Primeiro Estado) e a nobreza (Segundo Estado), juntos, compunham apenas 3% do povo.
A imensa maioria da população – burgueses, camponeses e sans-culottes (camada social composta por artesãos, aprendizes, operários, trabalhadores livres, pequenos proprietários, entre outros segmentos) – pertencia ao Terceiro Estado.
A estrutura econômica agrária e as relações sociais, ainda de tradição feudal, inviabilizavam a produção agrícola. Tais fatores, somados a um período de problemas climáticos, trouxeram fome a milhões de homens e mulheres, fadados à morte.
Em 1788, para tentar resolver a crise do país, o rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais (o Parlamento francês). Aproveitando o momento e o apoio popular, o Terceiro Estado passou a exigir a votação por cabeça e não por estado, como se fazia até então. É que, dessa forma, conseguindo apoios de parlamentares dissidentes da nobreza e do clero, poderia aprovar leis e medidas de seu interesse.
O encontro da Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789 em Versalhes. |
De fato, em 14 de julho de 1789, uma multidão invadiu a Bastilha, prisão-símbolo do absolutismo, libertando prisioneiros políticos e tomando as armas da fortaleza. Esse episódio assinala o dia da Revolução Francesa.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão |
O movimento revolucionário durou dez anos e passou por algumas fases, revezando o comando da Revolução entre os conservadores, os moderados e os mais radicais.
Em 1792, na etapa de governo da Convenção, Luís XVI, que tentara fugir e armar uma invasão ao país com apoio de tropas estrangeiras, foi julgado por traição à pátria, condenado à morte e executado na guilhotina.
A fase das reformas estruturais (agrária, eleitoral, educacional, entre outras) se deu durante o governo dos jacobinos (formado por representantes do povo e da pequena burguesia), os mais radicais entre os grupos do Parlamento, composto também pelos girondinos (alta e média burguesia) e pelo pântano (oportunistas que mudavam de posições de acordo com a conveniência do momento político).
A posição física em que cada um desses grupos se reunia no Parlamento acabou por designar as tendências políticas ainda hoje citadas para caracterizar movimentos, grupos e partidos políticos. Os jacobinos ocupavam a esquerda e o setor mais alto do plenário, por isso eram chamados também de “montanha”; os girondinos reuniam-se à direita; o grupo do pântano situava-se na parte mais baixa e central do Parlamento.
Foi no período da Convenção que se instaurou o momento mais violento, conhecido como fase do Terror. Cerca de 40 mil pessoas consideradas traidoras da revolução foram guilhotinadas, inclusive revolucionários jacobinos, como Danton. Por fim, moderados e conservadores, por meio de um golpe de estado, assumem o controle revolucionário em 1793. Eles acabam com o Terror e anulam as principais reformas jacobinas, afastando as massas do poder e beneficiando a classe burguesa.
Em 9 de novembro de 1799, Napoleão Bonaparte, líder do exército francês, promoveu uma manobra político-militar, conhecida como o Golpe do 18 Brumário, e assumiu o poder na França. Apoiado pela alta burguesia, tornou-se cônsul vitalício e, em 1802, proclamou-se imperador do país. Tornou-se um déspota.
O seu governo lembrou os velhos tempos do absolutismo em muitos aspectos. Mas Napoleão exercia o poder a favor da burguesia e não mais do clero e da nobreza como fazia a monarquia no tempo dos estamentos.
O golpe de Napoleão pôs fim à Revolução Francesa, mas não aos seus ideais, que inspiraram os principais movimentos revolucionários ocorridos no mundo até o século XIX. De oprimida e rebelde, a burguesia, à medida que promovia suas revoluções e se configurava como classe internacional, foi se tornando cada vez mais contrarrevolucionária, visto que conseguira se estabelecer definitivamente no poder. Para ela, as mudanças agora deveriam acontecer de forma lenta e pacífica.
Execução de Luís XVI. A cabeça do rei é exibida ao povo, como se costumava fazer com todos os executados. |
27 agosto, 2021
Nazismo na Alemanha
04 agosto, 2021
Crise de 1929 e seus efeitos no Brasil
- quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países;
- quedas drásticas na produção industrial;
- queda de 50% do salário médio no setor industrial;
- altas taxas de desemprego;
- queda nas exportações;
- drástica diminuição de empréstimos internacionais;
- falência de milhares de empresas e instituições bancárias;
- queda dos preços de ações;
- milhões de pessoas perderam o patrimônio investido na bolsa;
- pessoas se suicidaram.
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Os cafeicultores se recusavam a diminuir o plantio, em uma atitude muito semelhante a superprodução estadunidense que gerou a crise.
Para comprar o café, o Governo Brasileiro mergulhou em uma rotina de empréstimos - pegos em uma época em que a taxa de juros, por conta da Grande Depressão, era altíssima. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época.
Enquanto o Estado Brasileiro se endividava, os cafeicultores investiam no setor industrial, desenvolvendo fracamente a indústria brasileira, já que não eram guiados por um Projeto de Desenvolvimento Nacional.
22 julho, 2021
Fascismo na Itália
Tema: O Fascismo na Itália.
Neste episódio você encontrará informações sobre:
- O que é fascismo?- O surgimento e desenvolvimento do Fascismo na Itália;
- Principais características: Estado totalitário/Autoritarismo/ Nacionalismo/ Antiliberalismo/ Expansionismo/ Militarismo/ Anticomunismo/ Corporativismo/ Hierarquização da sociedade.
- Biografia resumida: Benito Mussolini.
27 junho, 2021
Primeira Guerra Mundial - Parte 2
Tema: A Primeira Guerra Mundial - Parte 2.
Neste episódio você encontrará informações sobre:
- As fases da Guerra: Guerra de Movimentos/Guerra de Trincheiras/Nova Guerra de Movimentos;
- O uso de novas tecnologias;
- Consequências;
- Liga das Nações.
Se você ainda não viu a parte 1 acesse:
https://agentesdahistoria.blogspot.com/2021/05/a-primeira-guerra-mundial-parte1.html
03 fevereiro, 2021
O Iluminismo
Neste episódio você vai aprender:
- O que foi o Iluminismo;
- Principais pensamentos e pensadores;
- Origem da enciclopédia;
- Quem foram os déspotas esclarecidos;
- influencia do iluminismo na Europa e no mundo.
Bons estudos!
16 junho, 2011
Entenda a Segunda Guerra Mundial
29 julho, 2010
Entenda a Primeira Guerra Mundial
Alianças estabelecidas na Primeira Guerra Mundial. Crédito/autor: Heitor Silva dos Santos. @hsd_morning |