09 março, 2023

Cidade de Joinville

 


A cidade catarinense de Joinville é conhecida também pelos apelidos: 

Bandeira de Joinville
"Manchester Catarinense"
"Cidade das Flores"
"Cidade dos Príncipes"
"Cidade da Dança"
"Cidade das Bicicletas"


A data oficial de sua fundação é

9 de março de 1851.

Observatório do Mirante, área leste de Joinville, com vista da Baia da Babitonga


Breve relato da história de Joinville

Estudos indicam que a região da cidade já era habitada a milhares de anos atrás. Em Joinville existem sambaquis e sítios arqueológicos

Muito tempo depois, quando os primeiros imigrantes de origem europeia chegaram na região, a região já era habitada por índios tupis-guaranis (carijós). 

No século 18, famílias de origem portuguesa, vindos provavelmente da capitania de São Vicente e da vizinha cidade de São Francisco do Sul se estabeleceram na região. Estes trouxeram também escravos negros que possuíam. Aqui, adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar a terra. 

A cidade, propriamente dita, tem sua origem a partir do estabelecimento da Colônia Dona Francisca, uma colônia alemã.

Francisca de Bragança
O nome, Dona Francisca, se refere a "Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga", princesa do Brasil por nascimento e princesa de Joinville por casamento. Ela foi era a quarta filha do Imperador D. Pedro I do Brasil e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria, sendo assim, irmã de D. Maria II de Portugal, e de D. Pedro II do Brasil.

Casou-se com Francisco Fernando Filipe Luís Maria de Orléans (Príncipe de Joinville/França) que era o sétimo filho do rei Luís Filipe I da França

O dote de casamento de D. Francisca era de um milhão de francos, ou seja, 750 contos de réis, e incluía terras no atual estado de Santa Catarina, com 25 léguas quadradas (três mil braças), no nordeste da província, à margem esquerda do rio Cachoeira, onde atualmente é a cidade de Joinville.

Francisco Fernando
Príncipe de Joinville

O nome da cidade foi mudado então para Joinville, em homenagem ao príncipe, casado com a Dona Francisca. Em 1848, o casal negociou as terras pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de Francisco, o rei da França Luís Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras.

Em 1849 Léonce Aubé, procurador dos Príncipes de Joinville, firmou contrato com o Senador Christian Mathias Schroeder de Hamburgo para a fundação e colonização das terras.

Os primeiros colonizadores, imigrantes da Alemanha, Suíça e Noruega, a bordo da barca Colon, chegaram às terras brasileiras dois anos depois, juntando-se a portugueses e indígenas já estabelecidos na região.

A diversidade étnica foi uma característica do processo colonizador em Joinville. Com o tempo chegaram também  austríacos, suecos, dinamarqueses, belgas, holandeses, franceses e italianos.

Como pode-se imaginar, a vida desses primeiros imigrantes não foi nada fácil. No entanto, por volta de 1877, a colônia já contava com cerca de 12 mil habitantes. 

Em 1866 Joinville foi elevada à categoria de vila, desmembrando-se politicamente de São Francisco do Sul. Em 1877, foi elevada à categoria de cidade.

Na década de 1880, surgiram as primeiras indústrias têxteis e metalúrgicas. 

Entre as décadas de 1950 e 1980, após a Segunda Guerra Mundial, Joinville viveu outro surto de crescimento industrial que conferiu à cidade o título de "Manchester Catarinense".

Segundo dados do IBGE, Joinville possui atualmente uma população estimada em 604.708 pessoas(dados de 2021).


Se você conhece ou mora em Joinville, o que acha da cidade?

(Faça seu registro, deixe seu comentário)

A pitoresca cidade de Joinville e imponente serra que lhe fica
próxima, coleção João Baptista de Campos Aguirra, Museu Paulista.

Veja também:

Prefeitura Municipal de Joinville

Fontes:

Ficker, Carlos, História de Joinville, Crônica da colônia Dona Francisca, 2ª edição, Joinville, 1965.
Ternes, Apolinário, História de Joinville, uma abordagem crítica, Joinville, Meyer, 1981.
Sociedade Amigos de Joinville, Álbum Histórico do Centenário de Joinville 1851 - 9 de março - 1951, Curitiba, 1951.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/joinville/historico
https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2018/09/Joinville-Cidade-em-Dados-2018-Caracter%C3%ADsticas-Gerais.pdf



07 março, 2023

Dia das Mulheres - 08 de março

Anualmente, no dia 8 de março o mundo celebra o "Dia Internacional das Mulheres".

A ideia de criar o Dia das mulheres surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. As celebrações do Dia Internacional das Mulheres ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país.

Somente em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países — como um dia de protesto por direitos ou de celebração do feminino, comparável ao Dia das Mães. Em outros países, a data é amplamente ignorada.

Origem - a versão mais divulgada associa a data a uma tragédia

A fábrica da Triangle Shirtwaist, durante o incêndio
Por muitos anos, associou-se o dia 8 de março à ocorrência de grandes incêndios em fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, e matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens. 

A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido pela sigla inglesa ILGWU. 

A acadêmica Eva Blay considera "muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres", mas ressalta que "o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias desde algum tempo antes.

Destaques

  • A primeira celebração deu-se a 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, no final de março. 
  • Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, Dinamarca, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada a proposta, apresentada pela socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. 
    Copenhague, 1910.
    VIII Congresso da Internacional Socialista:
    na frente, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin.
  • Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) houveram ainda mais protestos em todo o mundo.
  • No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.
  • Em 1945, quando iniciou a Segunda Guerra Mundial registrava-se que poucos países onde as mulheres tinham seus direitos civis e cidadania respeitada e plena. Nessa ocasião mulheres de diferentes países foram conclamadas a contribuir com esforço de guerra.
  • Após 1945, nos países do chamado bloco soviético, a data continuou a ser um feriado comemorado. Na antiga URSS, durante a era Stalin, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda do PCUS. Também era amplamente celebrado nos países do bloco, na Europa Ocidental.
  • Em 2008, a ONU lançou a campanha “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a estimular a igualdade de gênero na comunicação social mundial. 
Cartaz convocando as mulheres para
participar na Primeira Guerra Mundial

Cartaz que incentivava trabalho das mulheres
nas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial.
We Can Do It! (em português: Somos capazes!)

Na atualidade, porém, considera-se que a celebração do Dia Internacional da Mulher tenha tido o seu sentido original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e comercial, como o hábito de empregadores distribuírem rosas vermelhas ou pequenos mimos entre as suas empregadas - ação que em nada evoca o espírito das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

Qual é a sua opinião sobre esse assunto? 


Fontes:
https://www.scielo.br/j/ref/a/zSfcjFQPyGjGDwpR53pQcxc/?lang=pt
https://youtu.be/bL5ZiCA5qTk
https://www.internationalwomensday.com/
https://commons.m.wikimedia.org/wiki/International_Women%27s_Day
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-tragedia-triangle-waist-mulheres.phtml

19 fevereiro, 2023

Origens do Carnaval

O carnaval acontece em muitas cidades ao redor do mundo em que se pratica a religião católica romana. Essa festividade tem como características principais: uso de máscaras, desfiles, músicas e festas públicas.

Acontece pouco antes da quarta-feira de cinzas, o primeiro dia da Quaresma católico-romana de quarenta dias. Na Quaresma, os católicos jejuam tradicionalmente, comendo apenas uma refeição completa por dia. O dia antes da quarta-feira de cinzas, chamado de terça-feira de carnaval, é o último dia dessa celebração. 

O período quaresmal do calendário litúrgico, as seis semanas imediatamente anteriores à Páscoa, foi historicamente marcado pelo jejum, estudo e outras práticas piedosas ou penitenciais. Durante a Quaresma, não havia festas ou celebrações e as pessoas se abstinham de comer alimentos ricos, como carne, laticínios, gordura e açúcar.

"As etimologias populares afirmam que a palavra carnaval vem da expressão do latim tardio carne vale, que significa "adeus à carne", significando o período de jejum que se aproxima. No entanto, esta interpretação não é apoiada por provas filológicas. A expressão carne levare do italiano é uma possível origem, que significa "remover a carne", uma vez que a carne é proibida durante a Quaresma."

"várias obras de referência fornecem uma derivação alternativa da palavra “carnaval”. Por exemplo, o Standard Dictionary of Folklore, Mythology and Legend de Funk & Wagnalls, diz: “Explica-se Carnaval como sendo . . . derivado de carrus navalis, carro do mar, um veículo sobre rodas em forma de barco, usado nas procissões de Dionísio (mais tarde em outras procissões festivas) e do qual eram entoadas músicas satíricas de todos os tipos.”

O Carnaval na Idade Média não durava apenas alguns dias, mas quase todo o período entre o Natal e o início da Quaresma. Nesses dois meses, as populações católicas usavam as várias férias católicas como uma saída para suas frustrações diárias. Muitos sínodos e conselhos tentaram definir regras para o festival. O Papa Gregório Magno (590-604) decidiu que o jejum começaria na quarta-feira de cinzas. Todo o evento carnavalesco era estabelecido antes do jejum, para criar uma divisão clara entre o pagão e o costume cristão. Também era costume durante o Carnaval que a classe dominante fosse zombada usando máscaras e disfarces. No ano 743, o sínodo em Leptines (Leptines próximo de Binche na Bélgica) falou furiosamente sobre os excessos no mês de fevereiro

Gradualmente, a autoridade eclesiástica começou a perceber que o resultado desejado não poderia ser alcançado através da proibição das tradições, o que acabou levando a um grau de cristianização da festividade. Os festivais passaram então a fazer parte da liturgia e do ano litúrgico.

Embora formando uma parte integrante do calendário cristão, particularmente em regiões católicas, muitas tradições carnavalescas se assemelham àquelas do período pré-cristão. Acredita-se que o Carnaval italiano seja em parte derivado das festividades romanas antigas da Saturnalia e da Bacchanalia. As Saturnálias, por sua vez, podem ser baseadas nas festas dionisíacas da Grécia Antiga e em festivais orientais.

Entre os antigos egípcios havia as festas de Ísis e do boi Ápis. Várias tribos germânicas celebravam o retorno da luz do dia. O inverno seria afastado, para se certificar de que a fertilidade poderia retornar na primavera. Uma figura central desse ritual era possivelmente a deusa da fertilidade Nerto. Além disso, há indicações de que a efígie de Nerto ou Frey era colocada em um navio com rodas e acompanhada por uma procissão de pessoas disfarçadas de animais e homens vestidos de mulheres. A bordo do navio um casamento seria consumado como um ritual de fertilidade.

Festins, músicas estridentes, danças, disfarces e licenciosidade formavam o fundo destes regozijos. 

Algumas das tradições mais conhecidas, incluindo desfiles e máscaras, foram registradas pela primeira vez na Itália medieval. O Carnaval de Veneza foi, durante muito tempo, o Carnaval mais famoso (embora Napoleão tenha abolido a festa em 1797 e só em 1979 a tradição restaurada tenha sido restaurada). Da Itália, as tradições do Carnaval se espalharam para Espanha, Portugal e França, e da França para a Nova França na América do Norte. De Espanha e Portugal, se espalhou com a colonização para o Caribe e a América Latina. 

No Brasil, o primeiro registro do entrudo, um antigo folguedo* lusitano realizado nos três dias que antecedem a entrada da Quaresma, ocorre no ano de 1533 com a chegada dos primeiros colonos portugueses à Capitania de Pernambuco, no Brasil Colônia. O carnaval de rua do Rio de Janeiro é designado pela Guinness World Records como o maior carnaval do mundo, com aproximadamente dois milhões de pessoas por dia. As escolas de samba são grandes, entidades sociais com milhares de membros e um tema para sua música e desfile a cada ano.

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*Folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil. Algumas tem origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas.

A Luta entre o Carnaval e a Quaresma (1559) — Pieter Bruegel (1564-1638) 
— Kunsthistorisches Museum, Viena


Fontes:
https://en.wikisource.org/wiki/1911_Encyclop%C3%A6dia_Britannica/Carnival
https://www.fenvlaanderen.be/carnaval/wat-carnaval
https://www.meertens.knaw.nl/meertensnet/wdb.php?sel=79966
https://www.guinnessworldrecords.com/world-records/largest-carnival/
http://www.carnavales.net/historia-del-carnaval/
https://www.infoescola.com/folclore/folguedos/
https://super.abril.com.br/tudo-sobre/carnaval/
http://sites.ecclesia.pt/catolicopedia/artigo.php?id_entrada=275

 

30 janeiro, 2023

O Nazismo na Alemanha: Uma Visão Histórica para o Ensino Fundamental

Hitler na declaração de guerra contra os Estados Unidos
no Reichstag, em 11 de dezembro de 1941.

O período do nazismo na Alemanha é um tema importante e delicado quando se estuda a história do século XX. Compreender os eventos que ocorreram durante esse período é essencial para que possamos aprender com os erros do passado e construir um futuro melhor. Neste artigo, abordaremos o nazismo na Alemanha de forma adequada para o público do ensino fundamental, oferecendo uma visão histórica que promova o conhecimento e a conscientização sobre esse período sombrio.

(As # indicam sugestões para professores e/ou apresentações escolares realizadas por alunos)

O que foi o nazismo

O nazismo foi um movimento político liderado por Adolf Hitler que surgiu na Alemanha durante a década de 1920. O partido nazista tinha uma ideologia baseada no nacionalismo extremo, no antissemitismo e na crença na superioridade da raça ariana. Hitler chegou ao poder em 1933 e implementou uma ditadura totalitária, estabelecendo o Terceiro Reich.

Ascensão do nazismo

Após a devastação da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentava desafios econômicos, políticos e sociais significativos. A população estava descontente com o Tratado de Versalhes, que impôs pesadas reparações e restrições ao país. Nesse cenário de instabilidade, o partido nazista encontrou terreno fértil para o seu crescimento. Adolf Hitler utilizou habilmente a propaganda e estratégias de manipulação para conquistar o apoio popular. Explorando o sentimento de frustração e humilhação do povo alemão, ele culpou os judeus por todos os problemas do país, retratando-os como bodes expiatórios. Essa retórica antissemita encontrou ressonância entre uma parte da população, que buscava um líder forte para restaurar a grandeza da nação e promover uma suposta pureza racial.

#Explique como a Alemanha, após a Primeira Guerra Mundial, estava enfrentando desafios econômicos, políticos e sociais. Isso criou um ambiente favorável para o crescimento do partido nazista. Fale sobre a propaganda e as estratégias de Hitler para conquistar o apoio popular, incluindo a perseguição aos judeus como bodes expiatórios para os problemas do país.


Políticas e eventos importantes

Durante o período do nazismo na Alemanha, várias políticas e eventos importantes deixaram marcas indeléveis na história. A implementação das infames Leis de Nuremberg, em 1935, foi um marco crucial, pois discriminava os judeus, privando-os de seus direitos básicos e excluindo-os da sociedade alemã. Além disso, a Noite dos Cristais, ocorrida em novembro de 1938, resultou em ataques generalizados contra a comunidade judaica, com a destruição de sinagogas, lojas e prisões em massa. Esses eventos trágicos evidenciaram a intensificação da perseguição aos judeus e a violência impulsionada pelo regime nazista. A censura rigorosa e a propaganda incessante foram utilizadas como ferramentas para controlar a narrativa e influenciar a população, garantindo a disseminação da ideologia nazista e a manutenção do poder do partido. Essas políticas e eventos demonstram a gravidade das violações dos direitos humanos e o impacto devastador do nazismo na sociedade alemã e além.


#Destaque algumas das políticas e eventos mais significativos durante o período nazista, como a implementação das Leis de Nuremberg, que discriminavam os judeus, e a Noite dos Cristais, um ataque generalizado contra a comunidade judaica. Aborde também a censura, a perseguição a grupos considerados "indesejáveis" e a propaganda nazista que influenciava a população.


A Segunda Guerra Mundial


As políticas expansionistas de Adolf Hitler desempenharam um papel crucial na eclosão da Segunda Guerra Mundial. O objetivo principal de Hitler era expandir o domínio territorial alemão e estabelecer uma supremacia global. A Alemanha nazista invadiu uma série de países, desencadeando uma onda de agressões e anexações. Destacam-se a ocupação da Áustria, a anexação da região dos Sudetos na Tchecoslováquia e a invasão da Polônia em 1939, que marcou o início do conflito. A guerra afetou profundamente a vida das pessoas, resultando em devastação, morte e deslocamento em massa. As atrocidades cometidas pelos nazistas, como os campos de concentração e extermínio, aterrorizaram o mundo e deixaram um legado sombrio. Durante o conflito, a Alemanha nazista estabeleceu uma aliança com a Itália fascista de Benito Mussolini e o Japão imperialista, formando o chamado Eixo. Essa aliança tinha como objetivo compartilhar recursos e apoiar-se mutuamente em suas ambições expansionistas, ampliando ainda mais a escala e a complexidade da guerra. A Segunda Guerra Mundial teve um impacto devastador em escala global, causando enormes perdas humanas e alterando o curso da história de maneira irreversível.


#Explique como as políticas expansionistas de Hitler levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Destaque os países invadidos pela Alemanha nazista e como a guerra afetou a vida das pessoas. Fale sobre a aliança com a Itália fascista e o Japão imperialista, formando o Eixo.


O Holocausto

O Holocausto é um capítulo sombrio da história que não pode ser ignorado. Durante o período do nazismo, os judeus foram alvo de uma perseguição implacável, resultando na morte de milhões de vidas inocentes. Além dos judeus, outras vítimas, como ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais e dissidentes políticos, também sofreram nas mãos dos nazistas. Os campos de concentração e extermínio, como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, testemunharam atrocidades indescritíveis, onde milhões foram sistematicamente assassinados. É fundamental abordar essa tragédia com sensibilidade e respeito, destacando a importância de nunca esquecer as vítimas e suas histórias. Ao promover a tolerância e o respeito às diferenças, podemos construir um mundo onde atrocidades como o Holocausto jamais se repitam. É nosso dever honrar a memória das vítimas, preservar a verdade histórica e trabalhar para criar uma sociedade mais justa, inclusiva e compassiva.


#Embora delicado, é importante abordar o Holocausto. Explique de forma sensível como os nazistas perseguiram e assassinaram milhões de judeus, além de outras vítimas, em campos de concentração e extermínio. Reforce a importância de nunca esquecer essa tragédia e promova a tolerância e o respeito às diferenças.


Fim do nazismo e suas consequências

O jornal das forças armadas americanas,
o Stars and Stripes, em 2 de maio de 1945,
anunciando a morte de Hitler.

O declínio do nazismo e a derrota da Alemanha nazista pelas forças aliadas marcaram o fim de um dos períodos mais sombrios da história. Após a Segunda Guerra Mundial, os líderes nazistas foram julgados nos famosos Julgamentos de Nuremberg, onde foram responsabilizados por seus crimes contra a humanidade. Esses julgamentos representaram um marco importante no estabelecimento da responsabilidade individual por atrocidades em larga escala. O mundo aprendeu com os horrores do nazismo, reconhecendo a necessidade de proteger os direitos humanos e promover a justiça. A Alemanha, por sua vez, empreendeu esforços significativos para se reconciliar com seu passado sombrio. Adotou políticas de denazificação, promoveu a educação sobre o Holocausto e estabeleceu monumentos e museus em memória das vítimas. Esse processo de enfrentamento e reflexão tem sido fundamental para garantir que as gerações futuras compreendam os perigos do extremismo e trabalhem em direção a um mundo mais justo e pacífico. A experiência do nazismo e suas consequências trágicas reforçam a importância de nunca esquecer e estar sempre vigilantes contra a intolerância e o ódio.

#Fale sobre o declínio do nazismo e a derrota da Alemanha nazista pelas forças aliadas. Destaque os Julgamentos de Nuremberg, em que líderes nazistas foram responsabilizados por seus crimes. Explique como o mundo aprendeu com os horrores do nazismo e como a Alemanha se esforçou para se reconciliar com seu passado sombrio.


Conclusão

O nazismo na Alemanha foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade. Ao estudar e compreender esse período, podemos aprender lições valiosas sobre os perigos do extremismo, do ódio e da intolerância. É essencial que os estudantes tenham acesso a uma visão histórica adequada sobre o nazismo, para que possam desenvolver uma consciência crítica e promover valores de respeito, diversidade e igualdade.


Confira a explicação no episódio do podcast/vídeo do AH! Agentes da História sobre O Nazismo na Alemanha.

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Prezados professores,

Ao abordar o nazismo no contexto do ensino fundamental, é importante adaptar o conteúdo de maneira sensível e ajustada para a faixa etária dos alunos, mantendo o equilíbrio entre a transmissão dos fatos históricos e cuidado para não traumatizar ou assustar as crianças. O objetivo principal é fornecer uma compreensão básica do que aconteceu durante esse período sombrio da história, enfatizando a importância de defender a paz, a tolerância e o respeito mútuo.

Ao aprender sobre o nazismo, as crianças podem desenvolver habilidades críticas de análise, empatia e compreensão das consequências de ideologias extremistas. Dessa forma, elas estarão melhor preparadas para construir um futuro mais justo e inclusivo, onde a diversidade e o respeito às diferenças sejam valorizados.

Portanto, é crucial que o ensino fundamental aborde o nazismo na Alemanha de forma adequada, equilibrando a complexidade do assunto com a sensibilidade necessária para transmitir conhecimento histórico e incentivar valores de paz, tolerância e respeito aos direitos humanos. Somente assim estaremos confiantes para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de um mundo melhor.

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Fontes:
Shirer, William L. A Ascensão e Queda do Terceiro Reich. Nova York: Simon & Schuster, 1990.
Kershaw, Ian. Hitler: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Rees, Laurence. O Holocausto: Uma Nova História. São Paulo: Editora Record, 2019.
Fest, Joaquim C. Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Evans, Richard J. O Terceiro Reich no Poder. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.
Browning, Christopher R. Homens Comuns: Batalhão de Polícia de Reserva 101 e a Solução Final na Polônia. Nova York: Harper Perennial, 1998.
Tusa, Anne e Tusa, John. Os Julgamentos de Nuremberg. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Weitz, Eric D. A Alemanha de Weimar: A República de Todos os Dias. São Paulo: Editora Unesp, 2019.
Mazower, Marcos. O Império de Hitler: Como os nazistas governaram a Europa. Londres: Penguin Books, 2009.
HETT, Benjamin Carter. O Nazismo: A Ascensão do Mal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.