01 abril, 2023

1º de Abril, O Dia da Mentira... Por Quê?

O dia 1º de abril não costuma ser levado muito a sério. Nesse dia muitas pessoas costumam enganar outros por brincadeira, dar sustos, pregar peças e coisas desse tipo. Estamos falando do dia da "mentira" em muitas culturas. 

Esse dia é conhecido também como "Dia dos Bobos"

Mas por que 1º de abril? 

Uma das explicações mais aceitas, diz que o costume surgiu na França por ocasião da mudança no calendário por volta do século XVI.

Até então, o "Ano-Novo" era comemorado dia 25 de março com festividades que duravam uma semana e terminavam no dia 1º de abril.

Mas, em 1564, o Rei Carlos IX adotou oficialmente o calendário gregoriano, passando o Ano-Novo para o dia 1º de janeiro. Acontece que muitos continuaram a seguir o calendário antigo, resistindo a vontade do rei.

Por esse motivo, nesse dia, eles passaram a sofrer com zombarias, piadinhas, mentirinhas e pegadinhas por parte dos que seguiram a mudança no calendário. Eram chamados de bobos.

Por não seguirem o calendário "verdadeiro"(o novo), era entendido que aquele era o dia da "mentira".

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Interessante

Na cultura judaico-cristã a mentira é um grande pecado. A mentira tem origem no momento em que a serpente (animal usado pelo Diabo/Satanás) enganou Eva sobre os efeitos de comer da árvore proibida. O ato de desobediência de Eva, seguida por Adão, resultou então em todos os males que afligem a humanidade.

Mais tarde Jesus Cristo explicou que o Diabo é o pai da mentira.


Verifique os textos na Bíblia: Gênesis capítulo 3 / João 8:44.

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Ainda falando em mentira ...


Na mitologia nórdica, Loki, é o deus da mentira, trapaça, da travessura e do fogo. Também está ligado à magia e pode assumir a forma que quiser. 

É frequentemente considerado um símbolo da maldade, traiçoeiro, de pouca confiança.

Ele possui um grande senso de estratégia e usa suas habilidades para seus interesses, envolvendo intriga e mentiras complexas.

Alguns argumentam que seu lado demoníaco e destrutivo é originado de uma perspectiva cristã.

Loki



Fonte:

https://www.calendarr.com/brasil/dia-da-mentira/

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Loki

Bíblia Sagrada



09 março, 2023

Cidade de Joinville

 


A cidade catarinense de Joinville é conhecida também pelos apelidos: 

Bandeira de Joinville
"Manchester Catarinense"
"Cidade das Flores"
"Cidade dos Príncipes"
"Cidade da Dança"
"Cidade das Bicicletas"


A data oficial de sua fundação é

9 de março de 1851.

Observatório do Mirante, área leste de Joinville, com vista da Baia da Babitonga


Breve relato da história de Joinville

Estudos indicam que a região da cidade já era habitada a milhares de anos atrás. Em Joinville existem sambaquis e sítios arqueológicos

Muito tempo depois, quando os primeiros imigrantes de origem europeia chegaram na região, a região já era habitada por índios tupis-guaranis (carijós). 

No século 18, famílias de origem portuguesa, vindos provavelmente da capitania de São Vicente e da vizinha cidade de São Francisco do Sul se estabeleceram na região. Estes trouxeram também escravos negros que possuíam. Aqui, adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar a terra. 

A cidade, propriamente dita, tem sua origem a partir do estabelecimento da Colônia Dona Francisca, uma colônia alemã.

Francisca de Bragança
O nome, Dona Francisca, se refere a "Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga", princesa do Brasil por nascimento e princesa de Joinville por casamento. Ela foi era a quarta filha do Imperador D. Pedro I do Brasil e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria, sendo assim, irmã de D. Maria II de Portugal, e de D. Pedro II do Brasil.

Casou-se com Francisco Fernando Filipe Luís Maria de Orléans (Príncipe de Joinville/França) que era o sétimo filho do rei Luís Filipe I da França

O dote de casamento de D. Francisca era de um milhão de francos, ou seja, 750 contos de réis, e incluía terras no atual estado de Santa Catarina, com 25 léguas quadradas (três mil braças), no nordeste da província, à margem esquerda do rio Cachoeira, onde atualmente é a cidade de Joinville.

Francisco Fernando
Príncipe de Joinville

O nome da cidade foi mudado então para Joinville, em homenagem ao príncipe, casado com a Dona Francisca. Em 1848, o casal negociou as terras pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de Francisco, o rei da França Luís Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras.

Em 1849 Léonce Aubé, procurador dos Príncipes de Joinville, firmou contrato com o Senador Christian Mathias Schroeder de Hamburgo para a fundação e colonização das terras.

Os primeiros colonizadores, imigrantes da Alemanha, Suíça e Noruega, a bordo da barca Colon, chegaram às terras brasileiras dois anos depois, juntando-se a portugueses e indígenas já estabelecidos na região.

A diversidade étnica foi uma característica do processo colonizador em Joinville. Com o tempo chegaram também  austríacos, suecos, dinamarqueses, belgas, holandeses, franceses e italianos.

Como pode-se imaginar, a vida desses primeiros imigrantes não foi nada fácil. No entanto, por volta de 1877, a colônia já contava com cerca de 12 mil habitantes. 

Em 1866 Joinville foi elevada à categoria de vila, desmembrando-se politicamente de São Francisco do Sul. Em 1877, foi elevada à categoria de cidade.

Na década de 1880, surgiram as primeiras indústrias têxteis e metalúrgicas. 

Entre as décadas de 1950 e 1980, após a Segunda Guerra Mundial, Joinville viveu outro surto de crescimento industrial que conferiu à cidade o título de "Manchester Catarinense".

Segundo dados do IBGE, Joinville possui atualmente uma população estimada em 604.708 pessoas(dados de 2021).


Se você conhece ou mora em Joinville, o que acha da cidade?

(Faça seu registro, deixe seu comentário)

A pitoresca cidade de Joinville e imponente serra que lhe fica
próxima, coleção João Baptista de Campos Aguirra, Museu Paulista.

Veja também:

Prefeitura Municipal de Joinville

Fontes:

Ficker, Carlos, História de Joinville, Crônica da colônia Dona Francisca, 2ª edição, Joinville, 1965.
Ternes, Apolinário, História de Joinville, uma abordagem crítica, Joinville, Meyer, 1981.
Sociedade Amigos de Joinville, Álbum Histórico do Centenário de Joinville 1851 - 9 de março - 1951, Curitiba, 1951.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/joinville/historico
https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2018/09/Joinville-Cidade-em-Dados-2018-Caracter%C3%ADsticas-Gerais.pdf



07 março, 2023

Dia das Mulheres - 08 de março

Anualmente, no dia 8 de março o mundo celebra o "Dia Internacional das Mulheres".

A ideia de criar o Dia das mulheres surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. As celebrações do Dia Internacional das Mulheres ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país.

Somente em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países — como um dia de protesto por direitos ou de celebração do feminino, comparável ao Dia das Mães. Em outros países, a data é amplamente ignorada.

Origem - a versão mais divulgada associa a data a uma tragédia

A fábrica da Triangle Shirtwaist, durante o incêndio
Por muitos anos, associou-se o dia 8 de março à ocorrência de grandes incêndios em fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, e matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens. 

A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido pela sigla inglesa ILGWU. 

A acadêmica Eva Blay considera "muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres", mas ressalta que "o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias desde algum tempo antes.

Destaques

  • A primeira celebração deu-se a 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, no final de março. 
  • Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, Dinamarca, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada a proposta, apresentada pela socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. 
    Copenhague, 1910.
    VIII Congresso da Internacional Socialista:
    na frente, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin.
  • Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) houveram ainda mais protestos em todo o mundo.
  • No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.
  • Em 1945, quando iniciou a Segunda Guerra Mundial registrava-se que poucos países onde as mulheres tinham seus direitos civis e cidadania respeitada e plena. Nessa ocasião mulheres de diferentes países foram conclamadas a contribuir com esforço de guerra.
  • Após 1945, nos países do chamado bloco soviético, a data continuou a ser um feriado comemorado. Na antiga URSS, durante a era Stalin, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda do PCUS. Também era amplamente celebrado nos países do bloco, na Europa Ocidental.
  • Em 2008, a ONU lançou a campanha “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a estimular a igualdade de gênero na comunicação social mundial. 
Cartaz convocando as mulheres para
participar na Primeira Guerra Mundial

Cartaz que incentivava trabalho das mulheres
nas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial.
We Can Do It! (em português: Somos capazes!)

Na atualidade, porém, considera-se que a celebração do Dia Internacional da Mulher tenha tido o seu sentido original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e comercial, como o hábito de empregadores distribuírem rosas vermelhas ou pequenos mimos entre as suas empregadas - ação que em nada evoca o espírito das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

Qual é a sua opinião sobre esse assunto? 


Fontes:
https://www.scielo.br/j/ref/a/zSfcjFQPyGjGDwpR53pQcxc/?lang=pt
https://youtu.be/bL5ZiCA5qTk
https://www.internationalwomensday.com/
https://commons.m.wikimedia.org/wiki/International_Women%27s_Day
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-tragedia-triangle-waist-mulheres.phtml