11 maio, 2022

Incas, Maias e Astecas



Com cultura mais desenvolvida que os demais grupos indígenas, os Incas, os Maias e os Astecas viviam em grandes impérios, administrados por um conjunto de funcionários, divididos em camadas sociais com funções bem definidas. Possuíam um sistema numérico, grandes conhecimentos de astronomia e de metalurgia, praticavam a agricultura e o artesanato, e construíram cidades e redes de estradas que ligavam todo o território ocupado por centenas de indivíduos. 

Alguns séculos antes da chegada dos europeus, oriundos de outras regiões do continente, os Maias localizaram-se na Guatemala, parte de Honduras e de El Salvador e na península mexicana de Yucatã.

O Templo de Kukulkán ou Pirâmide de Kukulkán, ou incluso "El Castillo", foi construído pelos maias itzáes na antiga cidade de Chichén Itzá, no território pertencente ao estado mexicano do Yucatã. Sua construção foi iniciada no século VI d.c, tendo sido posteriormente ampliado nos séculos VIII e XI d.c

Os Astecas, no planalto mexicano. Dominaram os povos ali existentes e organizaram seus impérios. A capital do império Asteca, Tenochtitlán, foi construída em uma ilha do Lago Texcoco, no planalto de Anauac e era a mais importante das cidades por eles construída, cortada por grandes ruas, com intenso movimento. 

Os Incas organizaram seu império na Cordilheira dos Andes, incluindo territórios hoje pertencentes à Bolívia, Peru, sul do Equador e da Colômbia e norte do Chile. Inicialmente viviam em comunidades de aldeia – os ayllu – onde praticavam a agricultura de subsistência. Nestas comunidades a propriedade da terra era comum e tudo o que produziam era partilhado entre todos, sendo uma parte da produção destinada ao “curaca” – chefe da aldeia. 

Com a formação do império Inca, ocorreram transformações em sua organização social: as terras passaram a pertencer ao Inca, chefe máximo; os camponeses não mais possuíam controle sobre as terras que cultivavam, sendo submetidos a um regime de trabalho forçado chamado “mita” (trabalho obrigatório dos camponeses nas obras públicas e nas minas); a maior parte da população incaica trabalhava e produzia para si e para as outras classes sociais que ocupavam cargos de administração e religiosos. 

Um grande número de funcionários ocupava-se das tarefas de controlar a população, evitar sublevações, orientar obras de grande porte, como abertura de estradas e construção de cidades. Também assegurava que as ordens do imperador – o Inca – fossem de conhecimento de todos e fossem cumpridas. 

Isto acontecia graças a um eficiente sistema de comunicação, correios e transportes que alcançava todos os pontos de seu império, através das estradas por eles construídas. Os sacerdotes formavam uma outra classe, sendo responsáveis pela religião do império. A religião politeísta desempenhava um importante papel no controle e na disciplina que o Estado exercia sobre a população inca. Os sacerdotes eram também responsáveis pela educação que preparava os filhos das famílias mais nobres para exercerem funções militares, civis e religiosas.

Vivendo em regiões ricas em minérios de ouro e prata, como o México e o Peru atuais, essas civilizações desenvolveram técnicas de metalurgia, utilizando estes metais para confeccionar joias, enfeites e objetos. Tudo isso constituiu um verdadeiro tesouro encontrado pelos espanhóis quando chegaram à América, despertando nestes a cobiça e a sede de conquista desses povos e territórios.

Saiba mais:

Conheça a incrível civilização dos Astecas: uma viagem ao passado! 


Fonte: SESI - RJ Ensino Médio para Jovens e Adultos :  História Rio de Janeiro : GEB / GED, 2010. 

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